Mildred Pierce (2011)
Direção: Todd Haynes
Roteiro: Todd Haynes, Jon Raymond e Jonathan Raymond (com base no livro de James M. McCain)
Elenco: Kate Winslet, Brían F. O’Byrne, James LeGros, Melissa Leo, Mare Winningham, Guy Pierce, Hope Davis, Evan Rachel Wood, Morgan Turner, Quinn McColgan
Direção: Todd Haynes
Roteiro: Todd Haynes, Jon Raymond e Jonathan Raymond (com base no livro de James M. McCain)
Elenco: Kate Winslet, Brían F. O’Byrne, James LeGros, Melissa Leo, Mare Winningham, Guy Pierce, Hope Davis, Evan Rachel Wood, Morgan Turner, Quinn McColgan
Mais uma belíssima
produção da HBO! A minissérie “Mildred Pierce” é baseada no livro homônimo de
James Cain e dirigida por Todd Haynes. O livro foi escrito em 1941, virou um
filme clássico, “Alma em Suplício”, em 1945. Foi indicado a seis Oscar e ganhou
o de melhor atriz para Joan Crawford. Algumas críticas americanas afirmam que a
minissérie é mais fiel ao livro que o filme. Eu assisti apenas à minissérie.
A história de “Mildred
Pierce”, muito bem representada pela Kate Winslet, é contada em cinco episódios.
Para entender melhor a personalidade de Mildred devemos contextualizá-la à
época. 1931, Califórnia. Época na qual à mulher era permitido apenas o mundo
privado, ser dona de casa, mãe e esposa. E, a sexualidade tinha de ser
reprimida pela moralidade religiosa da época. Historicamente, é o período
seguinte à Grande Depressão Americana – maior recessão econômica nos EUA.
Neste contexto, Mildred
decide se divorciar de Bert, o marido adúltero. Agora está sozinha com duas
filhas para criar. Sem formação e sem trabalho para seu sustento. Após diversas
procuras por emprego, pois mesmo sem formação não aceita qualquer posição, começa
a trabalhar como garçonete para poder sustentar suas duas filhas pequenas,
mesmo tendo vergonha e escondendo seu emprego de todos.
Aqui começam a aparecer
as dualidades de Mildred. Orgulho e Fraqueza, por exemplo. Da determinação e do
sacrifício, a mãe que faz o possível e o impossível pelas filhas, vai de
garçonete à mulher de negócios. Porém, uma mulher emocionalmente imatura e
facilmente influenciada.
Começamos a assistir ao
antagonismo entre mãe e filha. No caso, Veda, a filha mais velha, dissimulada e
arrogante. E seu envolvimento afetivo-sexual com Monty, representado por Guy
Pearce, um homem irritantemente esnobe e sexy. É impressionante como Mildred
deixa-se manipular por sua filha Veda e por Monty. Tamanha dificuldade em se
relacionar com a filha Veda, há um distanciamento entre mãe e filha.
Assim, num ritmo lento,
assistimos ao drama (como sofre Mildred Pierce!) da vida de Mildred e sua
sexualidade transbordante. Sua descoberta como ser desejante e desejável. Uma
mistura de gênero, sexo e poder nas relações. Um bom exemplo de reorganização
da vida e de como tornar-se protagonista da sua própria história.
Vale ainda ressaltar
que ficou muito bem feita a reconstituição da época no sul da Califórnia e
também as roupas. Belos figurinos.
Prêmio:
Kate Winslet ganhou o prêmio
de Melhor Atriz de Minissérie ou Filme Para TV no Globo de Ouro 2012.
Assisti a série e achei maravilhosa. Kate Winslet está impecável né?
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