terça-feira, 1 de novembro de 2011

Once upon a time - Série

Once Upon a Time - Trailer Legendado




Once Upon A Time

O encontro de dois mundos – o conto de fadas e a realidade. Essa é a intenção da nova série “Once upon a time”. Assisti ao primeiro episódio e o que ficou foi:

“Para que servem os contos de fada?
Uma maneira de lidarmos com o nosso mundo. Um mundo que nem sempre faz sentido”.

Deixo aqui a opinião de Marcos Antonio dos Reis.  

"Once Upon A Time", uma série de encantar

por Marcos António dos Reis

De vez em quando somos presenteados com algo de absolutamente diferente, algo que nos faz sorrir sem perceber, como doce uma brisa de ar fresco numa tarde quente de verão.

A nova série da ABC é, de facto, uma delicia! Tem o título original de 'Once Upon A Time' e arriscaria a chamar-lhe em português ‘Era Uma Vez’. A história baseia-se nos contos infantis, misturando a sua magia com a realidade dos nossos dias, aos olhos de uma criança.

Criada pela dupla Adam Horowitz e Edward Kitsis, anteriormente produtores executivos em 'Lost', a série conta à partida com um elenco entusiasmante mas equilibrado. Desta vez e na produção está Damon Lindelof, o mesmo que havia trabalhado com a dupla de criadores em 'Lost'. 

História 

Henry Mills (Jared Gilmore) é uma criança que vive as histórias de encantar como se de algo real se trate, na pequena cidade de Storybrook, em Maine. Adoptado pela Mayor da cidade, a intrépida Regina (Lana Parrilla), foge com o seu favorito livro de contos, procurando encontrar a sua mão biológica.

Chegado a Boston encontra finalmente Emma Swan (Jennifer Morrison), a sua mãe biológica, no dia do seu 28º aniversário. Emma é uma mulher só, também ela abandonada pelos pais biológicos e que demonstra enorme relutância em aceitar Henry como a criança que deu para adopção há 10 anos. No entanto Emma tem a capacidade singular de perceber se as pessoas estão ou não a dizer a verdade.

Movida pela honestidade da criança – que ela percebe ser o seu filho – decide levá-lo de volta para a sua mãe (adoptiva). No caminho, o rapaz vai-lhe explicando que ele próprio vive num conto de fadas, com a rainha má como madrasta. Conta-lhe também que todos os habitantes da cidade são personagens dos contos que perderam a memória, numa terra onde o tempo parou por feitiço. Henry explica que somente Emma os poderá salvar. Naturalmente que Emma em nada disto acredita.

Durante o episódio piloto, vamos acompanhando, na “terra dos sonhos”, o casamento da Branca de Neve (Ginnifer Goodwin) com o Príncipe Encantado (Josh Dallas). No entanto o casamento é interrompido pela Rainha Má que os avisa de um feitiço que está a ultimar. Ela vai retirar a todos a parte do “feliz” e apenas deixar o “para sempre”.

O feitiço acontece meses depois, quando a Branca de Neve dá à luz uma bela menina. Alertados de que a sua pequena filha será a salvação de todos, mas apenas aos 28 anos, as fadas protegem-na, fazendo com que desapareça. O seu nome é Emma!

Ao longo do episódio piloto vamos vendo que a Rainha Má é a Mayor Regina, possivelmente a única que manteve a memória de tudo. Mas também começamos a reconhecer outras personagens. A Branca de Neve, que é a educadora de infância Mary Margaret Blanchard; o 
Príncipe Encantado que está - ironicamente - em coma; mas também Gepéto, a Capuchinho Vermelho, a Avó… todos sem memória, numa cidade onde o tempo não passa.

Perante este cenário e a insistência de Henry, Emma decide ficar uma semana, e o tempo arranca de novo! 

Veredicto (inicial) 

É uma alegria revisitarmos o nosso imaginário e ver a forma hábil como os criadores da história coseram as partes, pelo menos no arranque. Do ponto de vista visual, a série apresenta-se – como seria de esperar – fabulosa, desde os guarda roupas de princesas e príncipes, até aos ambientes dos castelos e maldições.

Pena é que a televisão não seja pródiga a apresentar conteúdos com esta qualidade e que, normalmente, esteja tão dependente dos resultados das audiências. Por agora, esperemos que a série seja capaz de aguentar os números da estreia, numa exigente ABC que, mesmo estreando-a online dias antes, consegui um excelente resultado na estreia televisiva, o que não só atesta da qualidade da série, como também do facto de estes serem definitivamente públicos diferentes.

Esperamos ainda que se mantenha nos próximos episódios o mesmo nível e consistência no guião, com que nos entusiasmou este piloto.

É a série do mês, e promete encher de alegria o imaginário de todos os graúdos que ainda guardam um pouco de miúdos.

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