sábado, 14 de fevereiro de 2015

Cinquenta Tons de Cinza



Cinquenta Tons de Cinza



Por uma sexualidade mais colorida
 
Se você está esperando uma análise psicológica ou sexológica do filme pare de ler agora. Estou apenas tecendo alguns comentários.

Sim, li e assisti ao Cinquenta tons de cinza. Poderia dizer que foi puramente profissional, já que além de psicóloga sou sexóloga e muito tem se comentado em consultório, mas foi também para saber se sairia diversão dali. Muito pouco, pois existem livros e filmes eróticos muito mais interessantes.

Acredito ser muito simplista dizer que "ah, se ele fosse feio e pobre não daria tanto prazer a ela". Por quê? Simples, quem dá prazer à mulher é ela mesma. Quando a mulher se permite ter prazer (o que tem se mostrado difícil na nossa sociedade machista) e sabe  se dar prazer (olha a importância da educação sexual aí também!) a troca e o envolvimento com a parceria é muito mais gostosa.

Fazia muito tempo que eu ia ao cinema e tivesse esse burburinho todo. Não digo sobre o que está na mídia e nas redes sociais, mas fui à sessão na quinta-feira feira da estreia, no início da tarde, e não eram adolescentes quem estavam dando gritinhos no cinema. A cada aparição do Grey era momento de gritinhos e se ouvia "lindo!". Gente, lindo é um conceito muito pessoal. Esse Cristian Hollywoodiano é muito Crepúsculo. Eu, particularmente, aprecio muito mais o ator que interpreta o motorista dele. Mais HOMEM, com mais atitude.

Muitas mulheres estão pensando que atitudes são as ordens que ele dá, não só como dominador, mas na vida em geral. Não! Mulheres, atitude é o homem saber te seduzir na vida como um todo, te dar espaço de crescimento independente dele, te admirar por ser sexualmente bem resolvida, te mimar sim, mas do jeito que te agrada.

Outra pergunta a mim feita é: "vale a pena assistir ao filme?". Depende das suas expectativas. É bem clichê, como nos livros. Tem algumas cenas sensuais que só você vai saber se te excitam ou não. Logo, você pode sim se divertir, desde que não se prenda somente às nuances do cinza.

Pois, o bom de todo esse burburinho é o espaço que está aberto para se pensar sobre prazer e sexualidade. Mas lembre-se de não delimitar seu prazer apenas nos tons de cinza, tudo pode ser deliciosamente colorido!

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