quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Matemática do Amor


Título Original: An Invisible Sing
EUA, 2010 – 96 min
Gênero: Drama
Direção: Marilyn Agrelo
Roteiro: Pamela Falk, Michael Ellis
 
Matemática do Amor - Trailer Legendado

Noite de segunda-feira. A melhor opção é ir para casa e assistir a um bom filme. Buscando por isso, escolhi o filme “Matemática do Amor”. O filme me pareceu ser um romance suave. Confesso que mais uma vez fui surpreendida pelo inusitado.

O filme aborda a inusitada relação entre números e sentimentos. Digo inusitada porque quando pensamos em matemática logo nos lembramos de racionalidade. Porém, a matemática pode ser sim sentimento, relação, corpo e aprendizado. 

Outro ponto interessante é retratar como a doença dos pais pode interferir no desenvolvimento dos filhos. O medo do abandono. Como fazer para a pessoa melhorar e não morrer? No caso de Mona, seu pai desenvolve uma doença psiquiátrica e ela se refugia na companhia de seus números.

Mas, Mona torna-se obcecada por números e os usa para lidar com um mundo que lhe é hostil e imprevisível. A obsessão pelos números para controlar a ansiedade.

Em termos pedagógicos é fantástico a professora mostrar a relação corpo, matemática e aprendizado.

Eu resumiria o filme como a busca de Mona por seu lugar no mundo.

“Há um momento em que você olha ao redor e espera que o responsável te ajude. Então, você percebe que você é o responsável. Você é o adulto”.

Para saber mais:
DSM IV – Classificação de Doenças Mentais
300.3 Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Critérios Diagnósticos
A. Obsessões ou compulsões:
Obsessões, definidas por (1), (2), (3) e (4):
(1) pensamentos impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que, em algum momento durante a perturbação, são experimentados como intrusivos e inadequados e causam acentuada ansiedade ou sofrimento.
(2) Os pensamentos, impulsos ou imagens não são meras preocupações excessivas com problemas da vida real
(3) A pessoa tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens, ou neutralizá-los com algum outro pensamento ou ação
(4) A pessoa reconhece que os pensamentos, impulsos ou imagens obsessivas são produto de sua própria mente (não impostos a partir de fora, como na inserção de pensamentos)
Compulsões, definidas por (1) e (2)
(1) comportamentos repetitivos (p. ex., lavar as mãos, organizar, verificar) ou atos mentais (p. ex., orar, contar ou repetir palavras em silêncio) que a pessoa se sente compelida a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser rigidamente aplicadas
(2) os comportamentos ou atos mentais visam prevenir ou reduzir o sofrimento ou evitar algum evento ou situação temida; entretanto, esses comportamentos ou atos mentais não têm uma conexão realista com o que visam neutralizar ou evitar ou são claramente excessivos.
B. Em algum ponto durante o curso do transtorno, o indivíduo reconheceu que as obsessões ou compulsões são excessivas ou irracionais. Nota: Isso não se aplica a crianças.
C. As obsessões ou compulsões causam acentuado sofrimento, consomem tempo (tomam mais de 1 hora por dia) ou interferem significativamente na rotina, no funcionamento ocupacional (ou acadêmico), em atividades ou relacionamentos sociais habituais do indivíduo.
D. Se um outro transtorno do Eixo I está presente, o conteúdo das obsessões ou compulsões não está restrito a ele (p. ex., peocupação com alimentos na presença de um Transtorno da Alimentação; arrancar os cabelos na presença de Tricotilomania; preocupação com a aparência na presença de Transtorno Dismórfico Corporal; preocupação com drogas na presença de um Transtorno por Uso de Substância; preocupação com ter uma doença grave na presença de Hipocondria; preocupação com anseios ou fantasias sexuais na presença de uma Parafilia; ruminações de culpa na presença de um Transtorno Depressivo Maior).
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamentos) ou de uma condição médica geral.


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