sexta-feira, 6 de abril de 2012

Mamãe foi ao cabeleireiro

Título Original: Maman Est Chez le Coiffeur
Gênero: Drama, Família
Direção: Léa Pool
Roteiro: Isabelle Hébert
País de Origem: Canadá (2008)
Duração: 97 minutos
Mamãe foi ao cabeleireiro

Assistimos ao filme “Mamãe foi ao cabeleireiro” com os olhos de Élise. A irmã mais velha de Coco e do caçula Benoît. Vemos uma menina-mulher perdida, abandonada, sem saber como ajudar sua família.

É um filme tocante! É verão em 1966. As crianças estão voltando do último dia da escola para aproveitar a liberdade das férias. Sol, piscina e brincadeira! Porém, será um verão de perdas e descobertas por eles não imaginado.
 
A partida da mãe inicia um desequilíbrio na imaginação dos filhos e na vida do pai. Ele, bem sucedido e perdido em sua sexualidade, se volta para dentro de casa. Élise, na fase da descoberta de sua própria sexualidade (singelamente mostrada no filme), tenta juntar os seus cacos e os da família. Tem de crescer muito antes da hora. Coco abraça a causa da construção de seu carro de corrida, isolando-se na garagem de casa. Benoît, o que extravasa sua dor é considerado, por seu pai e pela medicina, “retardado”.
 
Junto à realidade desta família são pinceladas as dificuldades também das famílias de seus amigos. Ausências materna e paterna. As crianças e adolescentes não têm a quem recorrer. Élise busca conforto no vizinho mudo que a ajuda a pescar. Linda simbologia!
 
Assim, “Mamãe foi ao cabeleireiro” é um filme sobre a dor da ausência. Sobre a dor de crescer. Sobre a dor do abandono. Sobre o vazio.


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