Título
original: O Palhaço
Lançamento: 2011 (Brasil)
Direção: Selton Mello
Atores: Selton Mello, Paulo José, Giselle Motta, Larissa
Manoela.
Duração: 88 min
Gênero:
Comédia Dramática
Como estou fazendo algumas mudanças na vida, estou com uma lista de
filmes a serem assistidos. E também alguns assistidos que ainda não consegui
escrever sobre. Mas hoje, depois de saber da indicação do filme para concorrer
a uma vaga de o melhor filme estrangeiro, pelo Brasil, na cerimônia do Oscar
2013. Parei tudo, sentei-me e fui assisti-lo.
O filme “O Palhaço” é emocionante e merece sim a posição alcançada. É de
uma delicadeza tocante. A ética do circo, bem como a ética da família é
generosamente retratada. O filme prestigia o universo do circo. Singelamente
chamado Circo Esperança.
Interessante saber que o filme ajudou ao próprio Selton Melo a sair de
uma depressão. É a crônica de uma vida, o caminho que o palhaço faz na busca de
sua identidade. A construção da identidade sofre influências
histórico-culturais e familiares. A identidade vai sendo construída desde as
primeiras relações, da infância, processos intrapsíquicos e interações
ambientais, além dos componentes genéticos. Como bem retratado no filme. E,
como cada indivíduo é único, as maneiras como cada um recebe a influência é
diferente. Assim, Benjamin foi em busca de sua própria, despregando de seu pai
e sua família (circo) para só voltar depois de defini-la. Ele se encontra, além
dos discursos e das práticas, pela Identidade em si. O nosso R.G. que contém
nosso Nome Próprio – o início de nossa identidade.
Muito boa a atuação do Selton Melo e muito me
emocionou o Paulo José superando, sempre, o mal de Parkinson.
“Eu faço todo mundo rir, mas quem vai me fazer rir. Estou precisando”.
Sinopse: Benjamim (Selton Mello) trabalha no Circo Esperança junto com
seu pai Valdemar (Paulo José). Juntos, eles formam a dupla de palhaços Pangaré
& Puro Sangue e fazem a alegria da plateia. Mas a vida anda sem graça para
Benjamin, que passa por uma crise existencial e assim, volta e meia, pensa em
abandonar Lola (Giselle Mota), a mulher que cospe fogo, os irmãos Lorotta
(Álamo Facó e Hossen Minussi), Dona Zaira (Teuda Bara) e o resto dos amigos da
trupe. Seu pai e amigos lamentam o que está acontecendo com o companheiro, mas
entendem que ele precisa encontrar seu caminho por conta própria.
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