Título
Original: India’s Daughter (2015)
Direção:
Leslee Udwin
Duração:
63 minutos
Gênero:
Documentário
Países
de Origem: Índia e Reino Unido
Sinopse
A
história do brutal estupro coletivo e assassinato da estudante de medicina de
23 anos Jyoti Singh num ônibus em movimento em 2012; e dos protestos e motins
sem precedentes que este evento terrível gerou por toda a Índia, conduzindo uma
forte demanda por mudanças na forma que as mulheres do país são tratadas. O filme
examina os valores e a mentalidade dos estupradores e também entrevista os
advogados que defendem os homens condenados pelo estupro e assassinato de
Jyoti.
Depois
de muito relutar, assisti hoje ao documentário, na Netflix. Minha resistência
era em ter as sensações, que sabia que em mim seriam despertadas, de choque,
tristeza e impotência.
A
filha da Índia é um documentário, baseado em fatos reais, que nos faz pensar
sobre ser mulher, seus valores e direitos – O que é passado por cada sociedade
e pela família? O filme conta a história Jyoti Singh. Uma indiana de 23 anos,
estudante de medicina, que sofreu um estupro coletivo, dentro de um ônibus na Índia.
O amigo que estava com ela foi brutalmente espancado, impedido de ajuda-la.
O
relato dos estupradores e do advogado de defesa são chocantes. Acredito que razão
pela qual o filme foi banido na Índia, “dado seu conteúdo controverso”.
“Ela ficou em silêncio e permitiu o estupro”.
Apesar
de vítima, ela foi (e ainda é) tida por alguns como culpada pela violência
sexual e de gênero sofrida. O filme expõe a sociedade extremamente machista,
que continua culpando a mulher pelo estupro sofrido.
Não
ache você que a cultura de estupro na Índia é muito diferente da cultura de
estupro no Brasil. Se você ainda acha que não tem nada com isso... Veja os
dados:
“Mundialmente,
1 em cada 3 mulheres é agredida, obrigada a fazer sexo ou abusada. 1 em cada 5
se torna vítima de estupro ou tentativa de estupro”.
A
desvalorização da mulher, a violência de gênero e o feminicídio são temas que
devem ser amplamente discutidos e urgentemente reavaliados.
Como
ser diferente? A mudança só é possível pela educação. Por uma educação de
meninos e de meninas que prime pelo respeito às diferenças e dignidade humana.
É
um filme importante. Não deixe de assistir e refletir!
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