quinta-feira, 7 de abril de 2016

A filha da Índia




Título Original: India’s Daughter (2015)

Direção: Leslee Udwin

Duração: 63 minutos

Gênero: Documentário

Países de Origem: Índia e Reino Unido



Sinopse

A história do brutal estupro coletivo e assassinato da estudante de medicina de 23 anos Jyoti Singh num ônibus em movimento em 2012; e dos protestos e motins sem precedentes que este evento terrível gerou por toda a Índia, conduzindo uma forte demanda por mudanças na forma que as mulheres do país são tratadas. O filme examina os valores e a mentalidade dos estupradores e também entrevista os advogados que defendem os homens condenados pelo estupro e assassinato de Jyoti.




Depois de muito relutar, assisti hoje ao documentário, na Netflix. Minha resistência era em ter as sensações, que sabia que em mim seriam despertadas, de choque, tristeza e impotência.


A filha da Índia é um documentário, baseado em fatos reais, que nos faz pensar sobre ser mulher, seus valores e direitos – O que é passado por cada sociedade e pela família? O filme conta a história Jyoti Singh. Uma indiana de 23 anos, estudante de medicina, que sofreu um estupro coletivo, dentro de um ônibus na Índia. O amigo que estava com ela foi brutalmente espancado, impedido de ajuda-la.


O relato dos estupradores e do advogado de defesa são chocantes. Acredito que razão pela qual o filme foi banido na Índia, “dado seu conteúdo controverso”.


“Ela ficou em silêncio e permitiu o estupro”.


Apesar de vítima, ela foi (e ainda é) tida por alguns como culpada pela violência sexual e de gênero sofrida. O filme expõe a sociedade extremamente machista, que continua culpando a mulher pelo estupro sofrido.


Não ache você que a cultura de estupro na Índia é muito diferente da cultura de estupro no Brasil. Se você ainda acha que não tem nada com isso... Veja os dados:


“Mundialmente, 1 em cada 3 mulheres é agredida, obrigada a fazer sexo ou abusada. 1 em cada 5 se torna vítima de estupro ou tentativa de estupro”.


A desvalorização da mulher, a violência de gênero e o feminicídio são temas que devem ser amplamente discutidos e urgentemente reavaliados.


Como ser diferente? A mudança só é possível pela educação. Por uma educação de meninos e de meninas que prime pelo respeito às diferenças e dignidade humana.


É um filme importante. Não deixe de assistir e refletir!





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