TODAS AS
CORES DO AMOR
Título
original: Goldfish Memory (2003)
Duração:
85 minutos (1 hora e 25 minutos)
Gênero:
Drama
Direção:Elizabeth
Gill
País
de origem: Irlanda
Goldfish Memory (Todas as Cores do Amor) Sinopse: Uma visão leve sobre os perigos e prazeres dos relacionamentos na Dublin contemporânea. Quando Clara (Fiona O'Shaughnessy) vê seu namorado Tom (Sean Campion) beijando Isolde (Fiona Gascott), desencadeia-se um série de reações de romances e corações partidos até que o ciclo inteiro se transforma num completo circo, cada personagem tentando resolver a questão do que é um relacionamento perfeito.
Hoje deixo com
vocês a opinião de meu querido amigo Cláudio Pozzatti sobre o filme “Todas as
Cores do Amor”. Grande professor e estudioso da sexualidade humana. Conheçam
também seu blog: http://claudiopozzatti.zip.net/
Filme: TODAS AS CORES DO AMOR
Por Claudio Pozzatti
Ontem à noite assisti o filme “Todas as Cores do
Amor” é lindo, excelente, achei o melhor de todos os que assisti nestes últimos
meses, ele é cheio de conteúdo e merece uma análise mais profunda...
A gente que estuda a sexualidade humana (eu desde
agosto 1995) percebe detalhes que muitos leigos, as vezes, não os percebem. Por
exemplo, o que fez apaixonar-me pelo filme:
Ele coloca muito bem a questão da importância da
pessoa não ser radical com ela mesma, com seus sentimentos e com os outros que
a rodeiam, principalmente com quem ela ama. Pois a vida é cheia de surpresas e
por mais que se queira trilhar um só caminho, não se consegue, pois á momentos,
que muitos chamam de destino, em que ocorrem pequenos desvios de rumo, mas que
são suficientemente fortes para mudar o rumo da história, não só da pessoa
envolvida diretamente, mas de todos os que vivem em torno dela.
Muito lindo o filme que apresenta diversas relações
(homossexuais masculinas e femininas, bissexualidade masculina e feminina,
homossexual com bissexual, paixão de velho com novos e vice-versa...),
sexualmente falando, que se cruzam, se amam, se apaixonam, transam, sofrem
consequências, sofrem dor, mas, que no fim só são felizes e realizados os que
conseguem lidar com estes sentimentos (momentos), tão diferentes e inevitáveis
que ocorrem durante uma vida, com mais naturalidade e elasticidade.
Também coloca que a felicidade depende do
reconhecimento do erro, do perdão e da humildade de seu pedido, da necessidade
de às vezes darmos passos para trás para depois podermos avançar mais... Da
compreensão das diferenças entre os envolvidos na relação, pois cada um tem sua
história, seus problemas, suas qualidades, seus desejos, seus sonhos e suas
realizações, agem de forma diferente numa mesma situação... E, por fim, dos
ajustes que devem ser feitos todos os dias, todos os momentos, pois são eles
que fortalecem a relação e que a tornam duradoura e prazerosa.
O que eu queria dizer mesmo é que este filme é uma
aula completa de sexualidade humana, rico em conteúdo e que vale a pena
assisti-lo várias vezes, pois cada vez que a gente assiste percebe detalhes
importantes que num primeiro olhar não se vê. Ele será muito útil em nossas
relações com outras pessoas, não só no amor-paixão, mas também nas amizades que
desenvolvemos ao longo de nossas vidas em casa, no trabalho, na balada...
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