domingo, 28 de novembro de 2010

Tudo pode dar certo


Nome original: Whatever Works
País: EUA/França/2009
Direção: Woody Allen
Com: Larry David, Evan Rachel Wood e Ed Begley Jr.
Duração
: 92 minutos


Sou suspeita, pois ADORO Woody Allen. A cada filme uma nova reflexão e boas risadas. Mas, especificamente este filme não é necessário você gostar de Woody Allen. Aproveite para questionar, de forma trágica e cômica, qual o sentido da vida.

O rabugento Boris passa o filme nos oferecendo reflexões sobre a vida. Com um humor refinado, vemos as limitações e as mazelas humanas. Realidade, religião, romance, sexualidade e morte.

Um egocêntrico, neurótico e pessimista (Woody ou Boris?), que passa seus dias a pensar sobre o ser humano e suas relações sociais, com seu humor ácido, proporciona-nos discussões filosóficas, crítica à religião e repensar nossas crenças e descrenças na vida.

O aposentado físico nuclear, baseado em teorias modernas sobre física quântica, faz um comparativo das ciências com as relações humanas. E, num clima niilista o idoso protagonista relaciona-se amorosamente com uma deslumbrada e angelical interiorana, muito mais nova do que ele.

Assim, se você for ver ou rever o filme Boris alerta: “se você é um daqueles que quer se sentir alegrinho, vá fazer uma massagem.” Já eu sugiro: aproveite o filme para rir de si mesmo e de sua própria vida.

A única coisa que não gostei foi da tradução do título original Whatever Works. Tudo pode dar certo não retrata a acidez e a realidade do filme. Na tradução livre poderia ser Qualquer coisa que funcione – pois, "no final das contas, as aspirações românticas da nossa juventude se reduzem a o que for que funcione".

Finalizo com as seguintes palavras de Boris: “embora estejamos adestrados para a vida, existe sempre algo que nos arrebata e nos põem a prova”.


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